sábado, 22 de fevereiro de 2014

Critérios de Correção

DIAGNÓSTICO:


CRITÉRIOS DE CORREÇÃO


GENERALIDADES:

A correção óptica é um meio para levar imagens à retina melhorando o conforto e a AV.

Ao pensar em dar uma correção óptica você deve ter em conta aspectos como:


  • Estado refrativo.
  • Estado motor
  • Estado patológico
  • Convergência
  • Idade
  • Sintomatologia
  • Ocupação


1- SEGUNDO O ESTADO REFRATIVO:


A forma geral ao corrigir um defeito refrativo é: dar a maior lente positiva, com a qual se obtenha a melhor AV.

Existem certas pautas que devem ser seguidas:

HIPERMETROPIA:

Se o paciente apresenta uma AV normal e não apresenta sintomas de astenopia acomodativa, não é necessário dar correção óptica (hipermetropia facultativa).

Tenha em conta que em adultos, a correção é maior positivamente, devido a perda progressiva da acomodação. Em uma pessoa jovem não é necessário nem conveniente corrigir totalmente a hipermetropia. Com exceção de certos casos com problemas acomodativos, onde é necessário dar uma correção total.


MIOPIA:

Recorde que a hipercorreção negativa aumenta o contraste e o paciente pode confundir com uma melhor visão.

Tendo em conta que a acomodação não se encontra muito desenvolvida, em certos casos é recomendável dar uma hipocorreção para trabalhos em visão próxima.


ASTIGMATISMO:

Se o paciente não apresenta sintomatologia, não é necessário corrigir astigmatismo baixo a favor da regra.

Em astigmatismo contra a regra deve-se tratar de corrigi-lo em sua totalidade.

Se a correção é dada pela 1a vez produz distorção espacial. Tenha em conta o resultado de prova ambulatorial.



Em casos de astigmatismos HETERONÔMICOS (eixos opostos), deve-se tratar de corrigir totalmente o olho com astigmatismo contra a regra; no outro olho, dar a correção segundo os resultados e segundo o olho dominante.

O grau de aceitação da correção em astigmatismos irregulares, é maior quanto mais jovem seja o paciente.

A conduta final depende do resultado da prova ambulatorial.



PRESBIOPIA:

A correção para visão próxima deve ser a que dê maior e melhor visão clara, a distância de trabalho do paciente e com a que obtenha boa AV.

Dependendo do caso e as necessidades do paciente, pode-se prescrever:

-2 pares de óculos
-Bifocais
-Multifocais etc.


ANISOMETROPIAS:

Recorde que quanto mais jovem o paciente, maior é a tolerância à correção total. Pacientes menores de 12 anos, recebem facilmente toda a correção.

Sempre deve corrigir totalmente o olho menos amétrope, já que é o olho mais utilizado.

Tenha em conta a aniseiconia produzida pela correção.

Aniseiconia: tamanho desigual das imagens formadas sobre as duas retinas.




2- SEGUNDO O ESTADO MOTOR


Ao dar uma correção óptica, é um fator muito importante analisar o estado motor induzido, já que influi, basicamente, da seguinte forma:


  • A lente positiva relaxa a acomodação e portanto aumenta os desvios do tipo EXO.



  • A lente negativa estimula a acomodação, portanto aumenta os desvios do tipo ENDO.


Em casos de endotropias em crianças, se dá o máximo positivo, preferivelmente o obtido depois de uma refração com cicloplégico.

Se em casos de hipermetropia, associado à uma exodesvio, e é necessário corrigir, recomenda-se exercícios ortópticos e um controle periódico (3 em 3 meses).

Se ao medir o desvio induzido, encontrar um aumento na descoordenação muscular deve considerar em particular a correção.



3- SEGUNDO O ESTADO PATOLÓGICO


Pode-se considerar:

- Dar correção, quando se encontra uma patologia de segmento anterior que melhora com o uso protetor dos óculos ou onde encontre algum defeito refrativo que possa contribuir para aumentar o problema.

EX: existem blefaroconjuntivite causadas por problemas refrativos baixos; em um pterígio a utilização de um filtro pode ajudar a diminuir a irritação e moléstia.


- Diante de uma patologia progressiva ou não tratada, é desnecessário dar correção antes de estabilizar a enfermidade.



4- SEGUNDO A IDADE E OCUPAÇÃO


Neste ponto deve-se ter em conta:

Em crianças existe uma grande margem de tolerância às correções totais utilizadas pela 1a vez.

Quando a ocupação está intimamente relacionada com as necessidades visuais, que são as que decidem basicamente a necessidade e o uso que se deve dar a correção.



Prescrição Final


PRESCRIÇÃO FINAL


GENERALIDADES

Chamamos prescrição final à fórmula óptica e outros fatores clínicos a considerar na Rx.


Os fatores clínicos que deve conter são:

A distância Pupilar e Acuidade Visual


EXISTEM VÁRIOS ASPECTOS A CONSIDERAR COMO:

- O USO que se deve dar aos óculos, isto determina o grau de sintomatologia e dos requerimentos visuais do paciente, prescreva a correção para uso:

a) Alternado Permanente
b) Fixação Prolongada
c) Visão Próxima
d) Visão de Longe
e) Distância de Trabalho
f) Uso


O TIPO de lente:

1. Lentes monofocais

2. Lentes especiais, dentro das quais encontram-se as de alto índice e as lentes asféricas.

3. Lentes iseicônicas

- O tipo de bifocal.
- O filtro a cor que se vai utilizar.

O material em que se solicitam as lentes: vidro ou plástico.

Técnicas para visão próxima


TÉCNICAS PARA VISÃO PRÓXIMA


Basicamente a técnica para visão de perto é muito simples. Existem diversas maneiras de se realizar, porém exigem maiores cuidados e materiais necessários para torná-la eficaz.



PROCEDIMENTO:


1. O paciente sentado com a correção para longe, segura a tabela de perto à distância de 40cm e responde até que linha vê com nitidez.

2. O cuidado coma idade do paciente é fundamental, porém a maior atenção deve ser com a ocupação profissional deste paciente.

3. Definido pela acuidade visual de perto, se o paciente deve utilizar correção para esta distância, inicie monocular agregando em cima da correção de longe, lentes esféricas positivas de +0,75 e aumente a cada 0,25, até que o paciente enxergue a linha de melhor acuidade visual.

4. Repita o procedimento para o outro olho e anote os resultados.

5. De maneira binocular, peça ao paciente que leia a tabela de perto e coloque-se a mesma distância do seu trabalho.

6. Respeite sempre o lag da acomodação de acordo com a idade do seu paciente (ver tabela), para que este não esteja hipercorrigido ou hipocorrigido para perto.


IDADE                                                       ADIÇÃO
40 anos ....................................................+1,25
40 a 44 anos.............................................+1,50
44 a 48 anos.............................................+1,75
48 a 52 anos.............................................+2,00
52 a 56 anos.............................................+2,25
56 a 60 anos.............................................+2,50
60 a 64 anos.............................................+2,75
64 ou mais................................................+3,00






Prova Ambulatorial


PROVA AMBULATORIAL


É uma prova que consiste em montar a refração final na armação de provas e fazer com que o paciente caminhe pela sala de exame durante uns 5 minutos, para que este sinta como será sua nova correção;


GENERALIDADES: 



Prova subjetiva binocular, realizada para determinar o grau de aceitação da correção tentativa, com base no conforto visual.



OBJETIVO: 


Provar o tolerância por parte do paciente à fórmula tentativa.



TÉCNICA:



1- Ajuste a armação de provas tendo em conta:
Distância pupilar.
Distância ao vértice.
Ângulo pantoscópico.
Altura da ponte.
Comprimento das hastes.



2- Coloque a correção tentativa na armação de provas.



3- Peça ao paciente que observe ao seu redor; olhando em todas as direções; peça que observe o ângulo dos objetos (quadros, portas etc).




INTERPRETAÇÃO:


Se o paciente reporta conforto e tolerância, pode-se prescrever a correção total tentativa, segundo o caso e o critério do examinador.


Se o paciente reporta desconforto: distorção espacial (pisos e paredes) ou têm dificuldade ao locomover-se com a correção total, calcule uma correção parcial (ver critérios de parcialização) e repita a prova ambulatória.




INDICAÇÕES:


Defeitos refrativos altos corrigidos pela 1a vez.

Astigmatismo contra a regra corrigido pela 1a vez.
Astigmatismo com eixos opostos (heterônomo).
Astigmatismo misto corrigido pela 1a vez.
Astigmatismo alto.
Astigmatismo oblíquo.
Anisometropias (defeitos refrativos desiguais dos 2 olhos).




POSSÍVEIS RESULTADOS:


Crianças: deve fazê-los caminhar pela sala e em um ambiente externo, observando o comportamento da criança e sua maneira de caminhar. Também é válido pedir para criança desenhar círculos e quadrados observando se pega os objetos corretamente ou procura antes do papel. Muitas vezes, nestes casos é necessário baixar valores esféricos para que a criança tenha melhor bem estar e conforto com seus óculos.


Adultos: reportam ao caminhar na sala de exame e no ambiente externo se sentem tonturas ou enjôos, neste caso é necessário baixar componente esférico e realizar a prova novamente até que o paciente reporte sentir-se bem com os óculos. Em seguida, medir a acuidade visual de perto e caso seja necessário seguir a técnica de correção para perto.

Teste Bicromático


TESTE VERMELHO – VERDE (BICROMÁTICO)

1. Coloque a correção encontrada na afinamento.

2. Mude o optotipo normal pelo optotipo vermelho e verde a 6 m.

3. Peça ao paciente que fixe uma linha acima à sua máxima A.V monocularmente e depois binocular.

4. Pergunte: Qual dos dois lados se vêem as letras mais nítidas, se é sobre o fundo vermelho ou sobre o fundo verde? Cuidado porque a pergunta deve ser bem direcionada para que o paciente observe e escolha as letras sobre o fundo vermelho ou verde, não a cor que vê melhor!!!!

5. Possíveis Respostas:

• Sobre o fundo vermelho: aumente lentes esféricas negativas ou diminua positiva.

• Sobre o fundo verde: diminua lentes esféricas negativas ou aumente positivas.

6. Se responder ver igual sobre ambos fundos, este será o valor final da refração que será prescrito para o uso do óculos.

7. Registre o dado.

8. Realize a prova ambulatorial para este paciente e tome a acuidade visual de perto com a refração final.

9. Caso o paciente necessite de correção para perto, realize as técnicas para visão próxima.


Cilindro Cruzado de Jackson

AFINAMENTO PARA VISÃO DE LONGE :

CILINDRO CRUZADO DE JACKSON

GENERALIDADES: 

Lente formada por dois planos de igual valor absoluto com sinais contrários, que encontram-se unidos por seu eixo plano e perpendiculares entre si.


Seus valores podem ser de 0.25 à 1.00 dpts., e até 3.00 dpts. para pacientes de baixa visão.


O eixo dos cilindros estão representado por:

• Pontos vermelhos: cilindro negativo

• Pontos verdes, brancos ou pretos: cilindro positivo.


Posições: Girando o cilindro 180º sobre o eixo do cabo, obtêm-se duas posições.

• Pontos vermelhos verticais se denomina POSIÇÃO A.

• Pontos verdes ou pretos verticais se denomina POSIÇÃO B.


Adicionalmente durante o desenvolvimento da técnica, se obterão outras duas posições. Estas se denominarão 1 e 2.


OBJETIVO: 

Afinar a prescrição em visão de longe, compreendendo:

• Eixo do cilindro.
• Poder do cilindro.
• Poder esférico.
• Determinar a adição para perto.


TÉCNICA

1. AFINAÇÃO DO EIXO DO CILINDRO:

1° Coloque a correção obtida na refração subjetiva.

2° Oclua o olho esquerdo.

3° Peça ao paciente que leia na tabela uma linha maior que a sua melhor A.V.

4° Explique ao paciente que ele deverá escolher uma letra da linha acima da melhor acuidade visual e que responda em qual posição vê melhor a letra, se é na primeira, segunda ou se as 2 estão iguais (nítidas ou borradas).

5° O examinador gira o cilindro cruzado nas duas posições com o cabo na direção do eixo.

6° Escolhida uma das posições, gire o eixo na armação de prova 5° em direção aos pontos vermelhos e continue afinando o eixo, colocando o cabo no eixo alterado.

7°Gira 10o. e realize o teste novamente.

8° Se necessário gire 5o. e realize o teste novamente.

9°O eixo do astigmatismo estará correto quando o paciente veja igualmente nítida ou borrada nas duas posições.


2. AFINAMENTO DO CILINDRO

1. Coloque os pontos vermelhos paralelos ao eixo do cilindro encontrado no subjetivo.


2. Apresente as três imagens ao paciente girando o cabo do cilindro cruzado e pergunte:

Em qual das três posições vê melhor? A, B ou estão iguais.


3. Possíveis Respostas:

- Vê melhor quando os pontos vermelhos coincidem com o eixo do astigmatismo:

AUMENTE cilindro negativo em passos de 0.25 dpts. E continue girando o cilindro cruzado, se continua preferindo as imagens quando esteja posicionado os pontos vermelhos, aumente -0,25 no eixo correto e sai realizando até que as imagens sejam similares.

- Vê mais nítido quando os pontos verdes coincidem com o eixo do astigmatismo: DIMINUA cilindro negativo em passos de 0.25 dpts. até que as duas imagens sejam similares.

NOTA: Se existe mudança na resposta ao variar 0.25 dpts., e as imagens não chegam a ser igual, tome como valor cilindro o mais positivo.


POSICIONAR PONTOS VERMELHOS NO SENTIDO DO EIXO ENCONTRADO E GIRAR EM AMBAS POSIÇÕES PERGUNTANDO QUAL IMAGEM PERCEBE MELHOR.

PONTOS VERMELHOS: ACRESCENTAR CIL NEGATIVO.

PONTOS PRETOS: DIMINUIR CIL NEGATIVO.


3) AFINAMENTO DO ESFÉRICO

7. Mude o optotipo para a cruz.

8. Coloque o cilindro cruzado na posição A (VERMELHO A 90º. E VERDE OU PRETA A 180º.) NÃO GIRAR.

9. Pergunte ao paciente qual dos componentes da cruz vê mais nítido: Horizontal ou vertical?


4. Possíveis respostas:

• Vê melhor o componente HORIZONTAL, AUMENTE poder positivo ou DIMINUA poder negativo em passos de 0.25 dpts. até que os dois componentes sejam igualmente vistos.

• Vê melhor o componente VERTICAL, DIMINUA poder positivo ou aumente negativo em passos de 0.25 dpts. até que os dois componentes sejam igualmente vistos.

5. Tome a A.V.

6. Repita todo o procedimento de afinação para o olho esquerdo, ocluindo o olho direito.



RECOMENDAÇÕES: 

Em astigmatismo oblíquo, em astigmatismo irregular, em astigmatismo regular muito baixo ou muito alto, os resultados nem sempre são confiáveis.


16.1.2- AFINAMENTO VISÃO PRÓXIMA OBJETIVO: Afinar a correção para a correção de visão próxima, a uma distância de trabalho determinada segundo os requerimentos do paciente (adição: Add) .


TÉCNICA

1. Coloque a correção tentativa par a visão de perto segundo a tabela de compensação para a distância de trabalho, sobre a correção para visão de longe já afinada.

2. Oclua o olho esquerdo do paciente.

3. Coloque o cilindro cruzado em POSIÇÃO A (vermelha 90º. verde ou preta a 180º.).

4. Peça ao paciente que fixe a cartilha para visão de perto, colocada à sua distância habitual de trabalho.

5. Pergunte: Qual dos componentes da cartilha (horizontal ou vertical) se vê mais negro ou mais nítido? Ou iguais?

6. Se o paciente reporta ver melhor:

• Os componentes horizontais, AUMENTE o poder positivo do esférico em passos de 0.25 dpts, até que os componentes da cartilha sejam similares ou se inverta o padrão (vê melhor os componentes verticais).


COLOCAR O CABO EM DIREÇÃO AO EIXO DO CILINDRO ENCONTRADO NO SUBJETIVO, NESTE CASO A 180º


  • Os componentes verticais, DIMINUA o poder positivo do esférico em passos de 0.25 dpts. até que pós componentes da cartilha sejam similares ou se inverta o padrão ( vê melhor os componentes horizontais).
  • Se ver iguais, a tentativa para perto está correta.


7. Repita o procedimento para o olho esquerdo



Técnica monocular de emborronamento

TÉCNICA MONOCULAR DE EMBORRONAMENTO:


1. Adicione monocularmente ao valor do esférico da retinoscopia, um valor de 2 a 3 vezes mais positivo, de forma que faça com que o paciente enxergue bem borrada a letra 20/200 do optotipo localizado a 6 metros de distância.

2. Explique ao paciente que verá borrado e que necessita de sua máxima colaboração, para que ele leia as linhas do optotipo à medida que vai identificando, mesmo que não as veja totalmente nítida.

3. Diminua o valor da lente positiva em passos de 0.25 dpts, de maneira que o paciente consiga ler cada vez melhor as linhas dos optotipos sem ser necessário ver completamente nítida.

Para controlar melhor a acomodação, não retire as lentes de uma vez, peça  ao paciente que feche os olhos e abra somente quando a lente estiver em frente ao seu olho, ou seja, fechando e abrindo os olhos entre a mudança das lentes.

4. Ao chegar a uma acuidade visual bem borrada de 20/40 (não deixe que o paciente veja nítido esta linha pois a margem de erro será grande), mude o optotipo para o dial ou leque astigmático, para obter a correção cilíndrica.

5. Determine o eixo do astigmatismo perguntando ao paciente:
Qual das linhas vê mais negra? Qual ressalta mais?



POSSÍVEIS RESPOSTAS


• Todas se vêem igualmente negras - isso significa que não possui astigmatismo e o que necessita ou o que tem no momento é o correto.

• Caso responda que uma das linhas ressalta mais, então a 90º de sua posição está o eixo do astigmatismo.

Neste momento, multiplicar a linha de melhor visão, no caso a de número 6 x 30° que dará como resultado o eixo de 180°, no qual serão colocadas lentes plano-cilíndricas de -0,25 em -0,25 a 180° até  que o paciente reporte ver todas as linhas iguais do leque ou dial astigmático.

Agregar cilindros negativos, com o eixo orientado na direção antes determinada, até que o paciente indique que ver com a mesma intensidade todas as linhas do optotipo.

Projetar de novo o optotipo de acuidade visual, ou seja, acertado o valor e eixo do cilindro, retornar à linha de 20/40 do optotipo e ir desmiopizando (diminuindo as esferas positivas) até conseguir a melhor acuidade visual com nitidez.

Passar a continuação a afinar o eixo e a potência do cilindro



POSSÍVEIS RESPOSTAS


Se inicialmente o paciente vê todas as linhas com a mesma intensidade entendemos que o paciente não tem astigmatismo.

Quando nos indica que vê uma linha mais escura que o resto, entendemos que o paciente tem astigmatismo e procedemos a realizar o exame antes descrito.

No caso de que o paciente indique ver mais de uma linha escura significa que realizamos erroneamente a miopização ou que o paciente não entendeu o teste. Deveremos aumentar a miopização até que veja unicamente uma linha do teste mais escura que o resto.

Quando o paciente nos diz que não vê nenhum símbolo sobre a parede de projeção do círculo horário pode ser devido a:

- Que fizemos uma excessiva miopização.
- Que o paciente tem uma acuidade visual inferior à requerida.

6. Oclua o olho direito e repita o procedimento.

Nota : A utilização do dial tem como requisito ter uma A.V. não inferior a 20/40.



RECOMENDAÇÕES:


Tenha em conta que a lente negativa aumenta o contraste, o que pode ser interpretado pelo paciente como melhor visão recorde que um aumento na A.V. somente pode significar maior descriminação e não melhor qualidade da imagem.



Subjetivo para visão de longe

TESTES REFRATIVOS - SUBJETIVO

SUBJETIVO PARA VISÃO DE LONGE

GENERALIDADES: 

Prova utilizada para verificar e afinar a correção refrativa obtida por meio de técnicas objetivas, controlando a acomodação.


OBJETIVO: 


Formular ao paciente a lente mais positiva com que tenha a melhor A.V. com conforto para visão de longe monocular, para logo ser balanceada binocularmente.


Antes de iniciarmos os conceitos do Subjetivo, é necessário conhecer os diferentes tipos de dial astigmático que podem existir.

No Dial de Snellen, quando o paciente reporta ver umas das linhas mais nítidas, o eixo do astigmatismo será sempre ao contrário de 90°.
Por exemplo, se o paciente reporta ver a linha de 15° mais nítida, o eixo do astigmatismo será a 105°. Vale lembrar que o defeito encontra-se a 15°, porém só será corrigido se colocarmos o eixo a 105°.

O leque astigmático deve seguir sempre a mesma orientação horária conforme o desenho.

     DIAL DE SNELLEN
DIAL OU LEQUE ASTIGMÁTICO - O leque astigmático deve seguir sempre a mesma orientação horária conforme o desenho.investir dinheiro


Porém há que tomar cuidado porque existem alguns optotipos que possuem o leque astigmático já com a anotação própria do eixo do astigmatismo.



DIAL OU LEQUE ASTIGMÁTICO HORÁRIO

Determinar a direção destas linhas e fazer uma comparação com as horas do relógio. Multiplicar a menor hora de tal direção por 30º, com o que se obtém o eixo do cilindro negativo do astigmatismo.
Exemplo:
Se o paciente nos reporta que vê mais nítida a linha número 2, realizaremos o cálculo do eixo do astigmatismo da seguinte forma:

2:00 x 30º = 60º sendo este o eixo do cilindro negativo do astigmatismo.